Poema pra Oton Silva
Os cinquenta anos de lida
Resumiram de forma peculiar
O que ele viu da vida
No final como um Assum Preto
Não podia mais enxergar
Mesmo assim manteve erguida
Sua vontade e maneira de lutar
Tinha título de abusado
Atentado, teimoso e brincalhão
Não passava, nunca, despercebido
E ainda foi mestre na Comunicação
Sua forma de ver o mundo
Era fazendo o outro sorrir
Quem diria que esse Raimundo
Tão cedo ia partir?
Oton Silva era a sua graça
Marta e Maria, sua herança
Era filho de uma “Lorinha”
Luciana, o amor, que nunca cansa
Amigo de verdade
Que da guitarra baiana era fã
O Bahia, minha porra! Sua paixão
E com o sorriso, sempre, no rosto
Não sabia, nunca, dizer não
Cruz das Almas te recebeu
Em sua história como um filhão
Só que agora, ficamos órfãos
Do nosso amado-amigo-irmão.
Wagner Gomes / Waguinho
15/04/2017
Foto: Facebook (arquivo pessoal Luciana Lordelo)
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